Agrela irá extinguir-se?! Vamos à luta!

Caros seguidores,

Um dos assuntos do dia, especialmente no que se refere a câmaras e suas freguesias, é a nova reforma autárquica. Mas afinal o que é isto?! Toda a gente fala, é debates atrás de debates, é conferências, é conversa de café...enfim, muita gente palra, mas o que é certo é que ninguém sabe o que vai acontecer.
O maior problema aqui no meio desta amálgama toda e aquele que mais diretamente nos diz respeito a nós, enquanto cidadãos e agrelenses,  é o facto de se prever a agregação de freguesias. E aqui entra o bairrismo do povo. Agrela vai se juntar a Água Longa ou vão ser mais ainda?! Isto faz lembrar um pouco as promoções dos supermercados. Compra 2 leva 1.
Na última sexta feira a nossa câmara promoveu uma sessão de esclacimentos na Reguenga sobre este assunto. Todos estavam convidados a lá aparecer, pena ter sido um pouco em cima da hora e não pudemos lá ir para agora comentarmos.
Cada um vai querer puxar a brasa à sua sardinha e o mais certo é os argumentos de nada valerem e os interesses políticos se sobreporem. Entretanto, vale a pena a população encontrar alguns pontos a seu favor. Vamos cá medir apenas alguns prós da nossa terra para que esta não deixe de existir como sistema autárquico.
1º - Vá a Lisboa e diga que é de Água Longa ou da Reguenga. De certeza que ninguém faz a mínima ideia de onde é que isso fica. Agora, diga que é de Agrela. De certeza que a maioria já ouviu falar e muitos até associam ao norte do país, embora não saibam localizar geografcamente;
2º -  Quem é que não conhece a Nossa Senhora d'Agrela? Quase toda a gente em qualquer ponto do país já ouviu falar nela e até usa a expressão: "Valha-me Nossa Senhora d'Agrela.  Agora a Nosssa Senhora das Dores ou a Senhora do Rosário são associadas a muitas terriolas por esse país fora. Senhora da Guia ( d'Agrela) há só uma.
3º - A serem fundidos organismos autárquicos passa a existir apenas uma junta de freguesia a representar as 2 ou 3 localidades. Digam então quem é que tem melhores instalações sem necessidade de gastarem dinheiro público para aumentos ou novas instalações?! Agrela, é claro.  Água Longa tem um projeto para uma nova sede. Na  atual situação económica do país,  esse investimento não se justifica e,  havendo fusão, a sede da junta d'Agrela satisfaz as necessidades de toda a população.
4º -  A sede do agrupamento das escolas é  aqui em Agrela. Por isso, independemenete de haverem escolas do 1º ciclo nas freguesias vizinhas, é aqui que a maioria dos alunos acabam por se juntar.

Muitos argumentos poderão ser válidos e nós estamos aqui a opinar sem perceber nada do assunto. Perdoem se estamos a meter os pés pelas mãos, mas de políticos nada temos e não estamos propriamente peritos no tema. E haverá alguém que perceba? Parece-nos que não, por isso certamente seremos apenas mais uns no meio de tantos "burros".
Agora o grande contra: Agrela é a única freguesia aqui da zona que não combina com a cor rosa da câmara. Há já muito tempo que os agrelenses  têm notado algumas descriminações e diferentes formas de tratamento por isso mesmo. Esta poderá ser uma forma de a câmara resolver esta pedra no sapato... A ver vamos... até lá é aguardar, aguardar... e esperar que pelo menos uma vez a câmara faça alguma coisa em condições sem interesses políticos e partidários.

Há ainda a não tão remota possibilidade quanto parece, que é a de a China comprar isto tudo e passamos todos a ser um estado chinês e aí deixamos de ter voto na matéria, já que eles, que têm dinheiro, fazem o que querem. Mas nós aqui vamos à luta!

Resultados do concurso de fotografia: Temos fotógrafo?!

Caros seguidores,

Temos aqui dado a conhecer a maioria das atividades que se realizam aqui na terra, mas falhamos aqui no anúncio de uma: o concurso fotográfico "Luzes de Natal" promovido ela associação Estrelas da Serra. Falhamos.... mas em gesto de perdão apresentamos os resultados, os quais tivemos conhecimento após uma visita ao site da associação.
Este concurso pouco ou nada de novo tinha a apresentar relativamente ao do ano anterior. O tema era diferente...mas pouco. Se no ano passado chegamos a ver cartazes a anunciarem o dito concurso, aí espalhados pelos tascos e outros locais, este ano a associação parece só ter apostado na divulgação pela internet e, ao que apuramos, muito em cima da hora. Praticamente só houve 15 dias para se participar no concurso e isso pode justificar o reduzido número de participantes, que foram meia dúzia. Mas como não havia preço a pagar para se inscrever, quer houvessem muitos ou poucos, os euros a saírem do cofre da associação seriam os mesmos.
Pois muito bem, foi com alguma mágoa que não vimos nenhuma foto da casa do Souto, a casa Natal aqui da freguesia. Uma foto desta casa, bem tirada, arrecadaria de certeza o primeiro lugar. Pelo menos o tema tinha sido seguido à risca.
Relativamente aos premiados o primeiro lugar foi entregue ao mesmo do ano passado. O senhor Carlos Vieira deve já ter um stock de máquinas fotográficas bem avantajado. A qualquer altura poderemos estar a ver uma das suas máquinas a de ser leiloada no ebay ou no custojusto.
Parece que temos fotógrafo na terra. Já o senhor Vicente, que até agora era sempre visto de máquina em punho em todas as cerimónias e procissões, parece que anda fugido. E talvez por receio nem se inscreveu no concurso. Não tarda nada e passam a bater à porta do vencedor para fazer as reportagens fotográficas das comunhões e das festas aqui na terra. Tal como dizem os políticos, é em tempos de crise que nascem grande negócios e se descobrem grandes carreiras.  Parece que estes concursos serviram para revelar um novo talento na freguesia. Ou então o júri está comprado.
Uma coisa é certa: parece que quanto a bater fotos ninguém bate o senhor Carlos Vieira. E muito sinceramente damos os parabéns pela sua foto. Não percebemos nada disto, mas toda a gente consegue perceber que se trata de uma boa foto.
E para o ano, a haver concurso fotográfico, mudem o tema. É que a luz está cara. E uma boa parte já é chinesa. Talvez fotos na escuridão ou com a luz do dia sejam temas mais ajustados à realidade sócio-económica.

As Janeiras já se ouvem

Caros seguidores,

       Todos os anos lá vem algum grupo à nossa porta cantar as Janeiras e este ano não é diferente. Desta vez contamos que apareça apenas um grupo, mas aqui há uns anos atrás já parecia abuso. Chegaram a aparecer à nossa porta 3 grupos a pedir moedinha. Agora com os tempos difíceis que correm parece que tiveram a brilhante ideia de se juntarem 2 em 1 e assim terem alguma coisa. Antes pouco que nenhum. E uma coisa 

é certa, se forem muitos a aparecer o povo não dá nada a ninguém e o assunto fica arrumado. 

        Pois muito bem, este grupo já começou a sua ronda e há novas vedetas em ação. Ao que apuramos, além das muitas caras conhecidas do grupo coral de domingo, que são os "profissionais", juntaram-se também algumas caras da Comissão de Obras da Igreja e da Comissão de Festas. Há ainda estrangeiros e o mais recente "tasqueiro" do Carvalhal que também vem mostrar habilidades artísticas no reco-reco.  O que conta é o espírito e a malta parece andar animada, apesar do frio. E além de animados o pessoal anda prevenido. Então não é que esta malta anda de copinho de plástico no bolso, prontinho a ser enchido por um  vinho do Porto ou seus derivados?!  Assim os donos das casas não têm a desculpa da falta de copos para toda a gente. Tendo uma garrafinha cheia deve de ser suficiente para todos. 

       Se antigamente as Janeiras eram aproveitadas para as meninas saírem à noite e andarem "bem acompanhadas", hoje os tempos são outros e caras de meninas jovens são poucas. Além desta diferença há também a registar o entusiasmo de quem abre a porta. E isto relativamente àqueles que abrem. Muito são os que, ao ouvirem o grupo ao longe, fecham a casa e apagam as luzes para darem a entender que não está ninguém em casa. Povo desta terra, isso é uma falta de respeito. Ninguém vos obriga a dar nada. Já a boa educação diz que devemos de os receber e agradecer o facto de nos virem desejar um bom ano. E se pensam que enganam...estão bem enganados. A desculpa de que não ouviram também começa a ser difícil de pegar...é que os senhores, havendo campainha, encostam o dedo por alguns segundos para que se oiça bem.

             É pena faltarem alguns grandes artistas da nossa terra no grupo. Esta poderia ser uma oportunidade para que se juntassem todos e cantassem porta a porta. A maestrina Maria Callas também poderia ajudar a coordenar o coro... mas já ficamos contentes por saber que, pelo menos a nossa grande maravilha, o Cindo do Gato, anda a acompanhar o grupo. Toda a gente se queixa do frio, mas como atrás das Janeiras pode sempre aparecer um copito de vinho do Porto já ninguém se importa...

           Quando cantarem à nossa porta esperamos que sejam afinadinhos. E podem ter a certeza de que não vamos correr a apagar as luzes e a fechar as janelas.

         Deixamos o alerta para terem cuidado com o piso escorregadio de alguns lugares e segue aqui um vídeo onde o assunto das Janeiras começa no minuto 1:28. E parece que já muitos aprenderam como o Aleixo...