Caros seguidores,
Depois de uma semana ameaçadora o domingo de Páscoa apareceu com o sol a raiar. Muito deve de ter pedido ao São Pedro a comitiva do Compasso. Só por este os ter ajudado, considerando o temporal desta última semana, achamos que, como agradecimento, esta equipa do Compasso poderia formar a famosa comissão de festas em honra do santo. E apenas porque a chuva acabou por cair a meio da tarde, como protesto, esta comissão, em vez de trazer os U2 deveria de trazer… a Rosinha, por exemplo. Grande reportório musical tem esta cantora de futuro sucesso.
O Mário do café, também conhecido por judeu, foi o homem da Cruz. E esta alcunha, que lhe foi muito bem empregue enquanto jovem, tem como fundamento não as raízes culturais, sociais ou religiosas do senhor Mário mas sim o lado popular e pejorativo do conceito: judeu como sujeito malvado. É que o senhor Mário divertia-se a judiar gatos. Lá está, as pombas sempre devem de ter sido o seu animal de eleição.
E este ano o Compasso pareceu-nos um pouco estranho. Ter um judeu a juiz da cruz é algo de referenciar. E a segui-lo tinha a famelga toda, com os seus judeus juniores também a alinhar. Ou seja, este ano o factor cunha não pegou. Ou era realmente da família ou por arrasto, ou era reserva dos elementos da cruz durante o ano. Não foi preciso haver casting pois já deveria de estar tudo escolhido. Faltaram lá uns elementos relacionados, mas outros dois elementos sobressaíram: O acólito, que deve de ter vindo por arrasto e o senhor Albertino, tanto quanto saibamos, não foi suplente, não é da família, apesar de a sua esposa ser dada à família dos sapateiros (dona Goreti). Será porque é vizinho? Será por ser das obras da igreja? Será que se está a preparar terreno para um sucessor? Vamos ver o desenrolar desta saga que agora começou. E este ano os da Nastaça saíram todos à rua. E como muita gente sabe, esta família de muitos irmãos não precisa de microfones. Por isso por que é que se lançaram foguetes para avisar de onde o compasso ía? Bastava um deles, à vez para não gastarem a voz, ir anunciado, alto e bom som, por onde andavam. Ou então, como tem tantas pombas lá no seu pombal, podiam ter soltado as pombas ao pé das casas e as pessoas, vendo de onde elas partiam, já se orientavam.
Há agora aqui um reparo a fazer. Então não é que a missa que se realiza no final do compasso só começou às 20h45m? Um bocado tarde, não? A chuva não deve de servir como desculpa. Mas o facto de não terem encharcado por fora não quer dizer que não tenham encharcado por dentro… E depois as pernas ficam mais pesadas, arrastam-se mais...nós sabemos como é isso. O facto de ser praticamente tudo família ajuda a camuflar muita coisa. Bem pensado!
Outro pormenor que, apesar de não termos visto, chegou-nos aos ouvidos: teve este compasso o patrocínio da associação Estrelas da Serra? Constou-nos que estes senhores, mais dados à preguiça ou a poupança de esforços, apanharam boleia na carrinha desta associação. Ah! É verdade. O senhor presidente desta associação, por acaso, até pertencia à comitiva do compasso.
E os envelopes, claro está, para não quebrar a tradição, parecem ter ficado no sítio do costume.
O senhor Mário, a partir de hoje, também deve de andar com a carteira mais leve. Lá está a proporcionalidade inversa a funcionar: quanto mais pobres uns ficam, mais ricos ficam outros. E o que este país precisa é disto mesmo: dinheiro a circular. O pior é que circula, circula, e vai sempre cair nos sítios errados.
Que bem escolhido, senhor Mário. Hoje, como é feriado, todos têm tempo para se recuperar. É que o dia todo em festa e ainda há noite também… para alguns o motor deve de ter gripado.
P.S.: Mas que raio foi esta coisa de os vasos terem ido parar à porta da igreja? O post que escrevemos foi no sentido de estar atentos no próximo ano, não no fim-de-semana seguinte. Além de se esquecerem das tradições estes jovens querem deturpá-las?