segunda-feira, 23 de maio de 2011

2ª e última parte da história

Caros seguidores,

Depois de termos publicado a nossa história, e verificando que muitas alcunhas tinham ficado de fora, aqui segue a sequência dos acontecimentos daquele grupo valente. Fica assim terminada a aventura do grupo. Quem não se recorda de como começou a aventura é melhor reler o post sobre o início desta história.


Os grandes momentos vividos por aqueles guerreiros foram premiados com uma viagem para aquele grupo. Já que o governo não se dignava a homenagear estes valentes, o conde de Resende, um homem finíssimo e requintado, que muito estimava a população daquela aldeia, disponibilizou todos os meios para que o grupo fosse desfrutar de bons momentos, num hotel de luxo numa zona protegida de África, longe da era industrial. Assim que aterraram no aeroporto Cobas de Abeca, apanharam o comboio, conduzido por um chinês, para o destino final: Camposa. Camposa era uma área de 90 hectares de zona selvagem. O maior parque natural daquela região aberto a turistas que estava sob a vigilância do capitão Gaudêncio, o seu irmão Gaudino e também um cadete estagiário.
À chegada ao hotel Lázara Dick Resort, debaixo de uma chuva intensa após três meses de seca, Zaurinha, o recepcionista, ofereceu um charuto a cada um para que pudessem relaxar. Tanto relaxou que alguns ficaram com uma morrinha que só pararam na cama.
Na manhã seguinte partiram à descoberta do parque. À falta de guia em português arranjaram um que falava espanhol. Saíram da estrada coberta por brita, onde um cantoneiro limpava as valetas, e imediatamente o jipe seguiu por uma quelha. O guia, Marico Caçanha, começou a explicar que aquela zona apresentava algum perigo devido a uma tribo, os Xandinos, que se dedicavam à bruxaria do mal. Na última semana um pastor daquela zona tinha sofrido um feitiço e começou a vomitar cubilhas, uma mistura de abóbora com rato do rio, que o tinha deixado esquelético. Todo o seu rebanho tinha morrido excepto o seu carneiro preto. Tentaram com a dona Tanisca e a dona Gapeira, duas bruxas do lado do bem, mas não resolveram a questão. Nem o bispo foi capaz de resolver aquele problema.
Todos se assustaram com as histórias macabras. No entanto, como a curiosidade era maior, pediram ao guia que os levasse a essa tribo para assistirem a um dos seus rituais de macumba. A troco de 20 escudos de gorjeta lá foram. Ficaram à distância, avistando o recinto onde decorria o ritual denominado de Tulha.
Ao som de gaitas o curandeiro, professor Maranteiro, saiu da sua tenda, erguendo um barrote. Umas cadelas que lá estavam começaram a ganir e uma galinha viva caiu para o lado desmaiada. O barrote bateu na cabeça de um membro da tribo mas a sua cabeça dura resistiu à paulada. Toda a tribo estava reunida à volta de Piconi, o seu Deus, e de uma fogueira que deu um estoiro que parecia o rebentar de bombas.  Assustados, os espreitas começaram a fugir. Pareciam a Rosa Mota! Nesse instante, um leão saiu de trás de uma árvore e um macaco, empoleirado num camocho, árvore típica da região, atirou-se para as costas dos Nastaços, uns irmãos que se metiam sempre em encrenca. Apercebendo-se de que estavam a ser observados, os tribais encetaram uma perseguição. O guia, ao ver o perigo em que estavam metidos, ligou a pedir ajuda. Num curto espaço de tempo chegou uma chaimite para os socorrer.
Té, té” –apitou com uma buzina.
- Arrumem-se!  - avisava o condutor.
Todos subiram para cima dela. Mas um membro tinha sido apanhado.
- Quem foi? – gritou o Capitão Gaudêncio
- Foi o nosso Tono.
Ficaram desesperados. Voltaram ao local e viram que nesse momento obrigavam Tono a beber um líquido nuns copos que ali estavam.
- Atira os copos! – gritou Marlene, a sua esposa, que vira latas de veneno pousadas junto da tenda. Ao correr na sua direcção um ratinho atravessou-se no caminho e Marlene caiu, ficando com uma perna preta.
Marlene era uma mulher do povo, e essa garra encheu-a de força que mais parecia o Robocop a enfrentar as balas. Tamanha guerra se montou que até azeitonas voaram, deixando o chefe da tribo pitosca. Com a chaimite a postos, embarcaram todos pelo vale de caia embarcando numa mucha, espécie de jangada dos habitantes daquela região, até à Ilha da Forquilha, o local mais seguro que ali havia.
A salvo, na ilha, todos puderam, finalmente, gozar as suas merecidas férias. Tono, que tinha ingerido apenas umas gotas de veneno, passou a estar sempre a rir. E tanto ria que o baptizaram de Senhor Contente. Foi uma aventura inesquecível que ainda hoje é recordada nessa aldeia.
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10 comentários:

  1. Vocês vomitam imaginação e criatividade.
    mais uma vez parabéns pelo excelente trabalho.
    e cuidado com a tribo, não vão eles requisitar aqui umas macumbeiras para as levar para o seu acampamento

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  2. Fantástico. Há muitos que não faço ideia de quem são. Conseguir meter tudo, mesmo coisas sem sentido, numa história é de se dar o valor.
    Parabéns

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  3. Muito sinceramente naõ segue a qualidade da primeir parte.

    the public

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  4. Bom dia....


    GosteI!!!


    Macubeiras, bruxas, feitiçarias, pedido de coisa má, pósinho e cheirinhos...?? Há muitas e nem sequer estão nessa história. Andam na nossa humilde freguesia...
    Velhas, novas, ricas, pobres....

    Um novo tema? Macumba e feitiçaria? Acredita??

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  5. Parabéns, ao(s) autor(es). É preciso ,sem dúvida, ter uma imaginação muito fértil para fazer uma estória tão engraçada.Só espero que os "visados "saibam levar isto na desportiva…….o que significa que serão pessoas inteligentes! ….Rir, faz bem ao espírito e alivia a Alma………...

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  6. Grande aventura
    mais uma ves estiveram fantásticos

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  7. bibó Bino Zenha !!!!

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  8. Bem ja que falam em bruxas ninguem viu por ai uma ruça a passear na sua vassoura?????

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  9. bibó bino zenha

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  10. Ana Alexandra Moreiramaio 26, 2011

    Por vezes muitas palavras só servem ara encher chouriços. E quando as coisas são boas, uma palavra basta. por isso, para esta 2ªa parte da história, a palavra que tenho para vocês é esta: Magnífico!

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